Há exatos 16 anos, representantes de
180 países firmaram o seguinte compromisso: Educação ao alcance de todas as
pessoas do planeta até 2015. Eles estavam reunidos para o Fórum Mundial de
Educação, que foi realizado no Senegal, e o acordo motivou a criação do Dia Internacional
da Educação. Porém, ainda são poucos os exemplos bem sucedidos no mundo para
cumprir essa meta, mesmo assim, encontramos dois no Brasil que merecem destaque
pela forma como vêm educando - longe de provas e mais próximos da natureza.
A diretora consultoria ensina o que é Linguística na escola de Rio Preto |
A Maestrello Consultoria Linguística
promove modelos de ensino que estão sugerindo novas formas de acelerar a
aprendizagem, com mais sentido para os alunos que o sistema educacional
predominante. Um modelo já integra seu método, por meio do Curso de Literatura
Socioambiental que está realizando, o outro, por sua vez, a empresa de Nova
Odessa (SP) sonha replicar o ambiente de estudo condicionado.
![]() |
Guto, Vivi, Thiago e seu filho Lorenzo Fotos da Escola Ayni: Divulgação |
Thiago Ami viajou por três anos
vivenciando outras realidades, até que suas experiências o transformaram a
ponto de voltar para seu município natal com a intenção de compartilhar o que
aprendeu pelos ensinamentos do mundo. Assim nascia a Cidade Escola Ayni,
em Guaporé (RS).
Junto
com aprendizes de diversos países, eles buscam a ressignificação da
vida e da pedagogia com esse método. Lá, não tem aula e nem prova.
Acredita-se no aprendizado a partir da conexão com a natureza e o sentido de
comunhão, preservando a essência das crianças e estimulando descobertas através
de brincadeiras. Importante destacar que
a Ayni atende a todas as exigências do Ministério da Educação (MEC). “Já
entendemos como funciona o sistema educacional, agora podemos avançar”, afirma
Thiago.
Se
até aí já parece fantástico, saiba que a escola é gratuita. “Crianças não
têm cartão de crédito”, ressalta ele. Os custos são bancados através de
um hotel, teatro e restaurante que funcionam dentro da área.
Em São Paulo
O exemplo
mais próximo também não cobra mensalidade de seus estudantes e, para tentar imaginar como ele
funciona, igualmente é preciso tirar da cabeça o conceito de instituição de
ensino tradicional. “Os estudantes, de diferentes idades, ficam todos juntos,
escolhem os professores que desejam ter aulas e são avaliados de maneira mais
profunda do que por uma simples prova. Eles têm tanto espaço que possuem até
uma assembleia dos alunos, onde são tomadas decisões em conjunto sobre
melhorias para local onde estudam”, informa a diretora da consultoria que
presta serviços neste colégio, Ana Lúcia Maestrello, sob a ótica de uma
visitante.
Dandara mostra o projeto que desenvolveu na Escola Maria Peregrina |
Autonomia -
essa é a palavra que traduz o principal objetivo da Escola Maria Peregrina na
formação de seus alunos, graças a uma metodologia de vanguarda, a qual o MEC tem
estudado para replicar no Brasil. Comprovando a eficácia de sua proposta
pedagógica inovadora, uma estudante de 10 anos foi capaz de apresentá-la à
equipe da Maestrello, quando
iniciou seu Curso de Literatura Socioambiental lá, em outubro de 2015.
Dandara Lima
Rocha Oliveira, do 5º ano, não é exceção. Ela, assim como a maioria dos alunos,
fala com propriedade sobre o colégio, bem como do que aprende e também é capaz
de ensinar. “Aqui é nós que escolhemos o que queremos estudar. Trabalhamos com
projetos, em que temos as disciplinas que precisamos aprender de forma mais
interessante”, comenta a autora do Projeto Espaço, que aborda a origem do
Universo. “A escolha do tema é individual, mas depois desenvolvemos o projeto
em grupo, com alunos de outros anos interessados na mesma temática. Porém, após
essa escolha, precisamos explicar por que queremos estudar aquilo e apresentar
o que já sabemos a respeito”, complementa Dandara.
“Meu projeto fala sobre racionamento
de água. Estudamos qual o motivo dele e o que devemos fazer para amenizar a
crise hídrica. Com a professora de Matemática, fizemos uma análise da conta da
escola, para descobrirmos onde a gente mais consome. E, junto com os próprios
alunos, já estamos diminuindo nosso gasto”, diz a estudante do 8º ano, Carina
Oliveira, autora do Projeto A Gota d’Água, que pensou nesse trabalho não só
para a Maria Peregrina, mas para todas as instituições de ensino da cidade
paulista - “com incentivo da Prefeitura e de investidores, acho que será
possível replicá-lo”.
Segundo a professora de Matemática,
Alana Fuzaro Rodrigues, o estudante também assume papel de educador no colégio
rio-pretense. “Nossos alunos têm um diferencial muito relevante na vida pessoal
e profissional. Eles são organizados, autônomos, têm uma consciência crítica
muito grande, e isso também ajuda o meu trabalho porque, como a metodologia é
inovadora, eles me orientam e até conduzem minhas aulas - por estarem aqui há
mais tempo, vivenciarem o processo de ensino/aprendizagem”, pontua a discente.
União de
metodologias
A escola
de São José do Rio Preto (SP)
recebeu a consultoria educacional novaodessense para uma
formação voltada a coordenadores, professores, estudantes e seus respectivos
pais. O curso do Maestrello tem carga horária de 40 horas, sendo ministrado em
quatro encontros de dez horas – apenas um está faltando e será realizado neste
semestre.
“Tenho
muita facilidade de me comunicar falando, mas sempre tive dificuldade com a
escrita, porque não via utilidade nela, e, pelo contrário, acredito na
utilidade da fala. Com o projeto da Maestrello, já estou conseguindo entender a
importância da Linguística na vida das pessoas, e acho que também vou melhorar
minha comunicação textual até o final do curso”, aponta a aluna do 9º ano, Vida
Schiavoni, que está no colégio desde o seu início no município, em 2006.
Vida (de preto) e Mildren (com o livro) participando da formação da Maestrello |
Fundadora
da instituição de ensino, a
psicóloga Mildren Duque alega que a formação da startup de aceleração da
aprendizagem está superando suas expectativas. “Este curso casa com a proposta
pedagógica da Maria Peregrina. A primeira etapa do projeto já evidenciou aquilo
que é primazia na escola, que é trabalhar a singularidade do aluno e
proporcionar uma Educação cada vez mais humana para toda a comunidade escolar.
Nossa primeira ideia foi de uma formação voltada aos alunos, às famílias e para
todo corpo docente - com essa abrangência, com certeza, a metodologia do
colégio se enriquecerá mais. E trabalhar a questão ambiental também é mais que
necessária, pois essa teoria da Maestrello irá aprimorar a prática que já
desenvolvemos aqui, uma vez que muitos projetos dos nossos alunos são
socioambientais, que visam a sustentabilidade no colégio, na casa deles e no bairro”, destaca Mildren.
“A melhor
maneira de incentivar a educação é colocando luz em experiências inovadoras, como
Ayni e Maria Peregrina, escolas que nos dão bons motivos para comemoramos o Dia
Mundial da Educação em nosso país”, conclui Ana.
Mais informações:
Fundação Ayni – (55) 9902-3865 ou www.fundacaoayni.org
M. Peregrina – (17) 3236-5566 ou www.escolamariaperegrina.org.br
Maestrello – (19) 98376-8000 ou
www.metodomaestrello.com.br
Juan
Piva
MTB
– 67.378/SP
Assessoria
de Comunicação
Maestrello
Consultoria Linguística