segunda-feira, 2 de maio de 2016

Os cientistas do clima agora estão classificando os jornalistas do clima

Site possibilita que cientistas avaliem a precisão das notícias climáticas

*por Daniel Nethery e Emmanuel Vincent

A internet representa uma oportunidade extraordinária para a democracia do conhecimento. Nunca antes foi possível para as pessoas de todo o mundo acessar as últimas informações e, coletivamente, buscar soluções para os desafios que enfrentamos no planeta, mas não em um momento muito cedo: o ano de 2015 foi o mais quente na história humana, e a Great Barrier Reef está a sofrer as consequências do aquecimento dos oceanos no momento.
No entanto, apesar do consenso científico de que o aquecimento global é real e, principalmente, devido à atividade humana, estudos mostram que apenas a metade da população de países com as mais altas emissões de CO2 per capita entende que os seres humanos são a força motriz das mudanças climáticas. Ainda menos pessoas estão cientes do consenso científico sobre essa questão. Vivemos na era da informação, mas a informação não está chegando. Como isso pode acontecer?
Enquanto a internet coloca a informação na ponta dos dedos, ela também permite desinformação para semear dúvidas e confusão nas mentes de muitos daqueles cujas opiniões e votos determinarão o futuro do planeta. E até agora os cientistas têm vindo a pé para trás na luta contra a propagação dessa desinformação e apontando ao público fontes de informação sobre as mudanças climáticas dignas de confiança.
Mas o Climate Feedback tem a intenção de mudar isso. Ele reúne uma rede global de cientistas que usam uma nova plataforma virtual de anotações para fornecer feedback sobre relatórios de mudanças climáticas. Seus comentários trazem contexto e percepções sobre as últimas pesquisas, apontando erros factuais e lógicos, quando existem, que permanecem em camadas sobre o artigo alvo no domínio público. Você pode lê-los para si mesmo, bem na sua página. Os cientistas também fornecem uma pontuação numa escala de cinco pontos para deixá-lo saber se o artigo é consistente com a ciência. Pela primeira vez, Climate Feedback permite que você verifique se a história mais recente sobre alterações no clima é de confiança.
Exemplo de uma análise do site: avaliações dos cientistas aparecem como camada sobre o artigo, texto anotado com hipótese é destacado em amarelo na plataforma e comentários dos especialistas aparecem em uma barra lateral  
Imagem: Climate Feedback
No ano passado, os cientistas analisaram alguns conteúdos influentes. Como a Encíclica do Papa, por exemplo. Os cientistas deram as partes da encíclica relacionadas com a ciência do clima um selo de aprovação. Outros "feedbacks", como são denominados, têm impacto duradouro. Quando os cientistas descobriram que um artigo no The Telegraph deturpava pesquisa recente, afirmando que o mundo enfrentou uma idade do gelo iminente, o jornal publicou uma correção pública e modificou substancialmente o texto online.
Mas há mais trabalho a ser feito. Perto do final do ano, os cientistas realizaram uma série de avaliações de alguns dos relatórios da Forbes sobre as alterações climáticas. Os resultados dão uma ideia da dimensão do problema em questão. Dois dos artigos mais populares da revista em 2015, um dos quais atraiu quase um milhão de acessos, acabaram por ser profundamente imprecisos e enganosos. Ambos os textos, revisados ​​por nove e 12 cientistas, recebeu, por unanimidade, a menor classificação de credibilidade científica possível. Isso raramente ocorre, e apenas no caso de você estar se perguntando sobre a independência deles: avaliações só são reveladas quando todos os cientistas tenham concluído as suas respectivas análises.
Argumentamos que os cientistas têm o dever moral de falar quando veem desinformação disfarçada de ciência. Até agora, eles precisam participar de intercâmbios demorados, o que resulta em um ou dois cientistas de alto perfil argumentando contra as opiniões de um indivíduo que pode não ter nenhum compromisso com a precisão científica em tudo. Climate Feedback tem uma abordagem diferente. Nossas revisões coletivas permitem que cientistas de todo o mundo forneçam comentários em tempo hábil, de forma eficaz. Nós, então, publicamos uma síntese acessível de suas respostas, e fornecemos feedback aos editores para que eles possam melhorar a precisão das suas reportagens.
Temos prova de conceito. Agora precisamos ampliar, e, para isso, precisamos do apoio de todos que valorizam a precisão na elaboração de relatórios sobre um dos desafios mais críticos que enfrenta nosso planeta. Climate Feedback não irá atingir o seu pleno potencial até que se comece a medir a credibilidade dos meios de comunicação de uma forma sistemática. Queremos estar em condições de proceder uma análise de qualquer artigo influente na internet sobre mudanças climáticas. Queremos desenvolver um "Rastreador Científico de Confiança” - um índice do quão credível são as principais fontes de notícias quando o assunto é mudança climática.
Estamos contando tudo cada vez mais na internet para obter as nossas notícias. Mas a web gerou um ambiente de mídia competitivo, onde a corrida para atrair a maioria dos acessos com manchetes sensacionais pode superar fatos sóbrios. Estamos construindo no sistema um novo incentivo para os jornalistas, com integridade para chegar à frente. Alguns comunicadores já estão vindo até nós, pedindo para nossa rede de cientistas analisar os seus trabalhos. Queremos leitores para saber quais as fontes que podem confiar. Queremos editores a pensar duas vezes antes de publicar ideologias ao invés de relatórios baseados em evidências sobre o aquecimento global.
Na sexta-feira do dia 22 de abril de 2016, mais de 170 países assinaram o acordo climático de Paris. Mas esse tratado internacional sem precedentes levará à ação real só se os líderes desses países puderem obter apoio popular para as medidas necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O destino do acordo de Paris encontra-se, em grande parte, nas mãos dos eleitores de países democráticos, mas não podemos esperar das democracias a produção de boas respostas políticas aos desafios das mudanças climáticas se seus eleitores têm uma compreensão confusa da realidade.
Cientistas de todo o mundo estão se levantando para as democracias mais bem informadas. Você pode ajudá-los a fazer suas vozes ouvidas. Nós convidamos você a ficar com a gente para uma internet melhor. Nós convidamos você a ficar com aciência.

Daniel Nethery é editor associado e Emmanuel Vincent é o fundador da plataforma.
*Tradução: Maestrello Consultoria Linguística
Publicado originalmente no jornal britânico The Guardian.


Assessoria de Comunicação
Maestrello Consultoria Linguística

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Dia Mundial da Educação: por mais escolas longe de provas e próximas da natureza

Há exatos 16 anos, representantes de 180 países firmaram o seguinte compromisso: Educação ao alcance de todas as pessoas do planeta até 2015. Eles estavam reunidos para o Fórum Mundial de Educação, que foi realizado no Senegal, e o acordo motivou a criação do Dia Internacional da Educação. Porém, ainda são poucos os exemplos bem sucedidos no mundo para cumprir essa meta, mesmo assim, encontramos dois no Brasil que merecem destaque pela forma como vêm educando - longe de provas e mais próximos da natureza.
A diretora consultoria ensina o que é Linguística na escola de Rio Preto
A Maestrello Consultoria Linguística promove modelos de ensino que estão sugerindo novas formas de acelerar a aprendizagem, com mais sentido para os alunos que o sistema educacional predominante. Um modelo já integra seu método, por meio do Curso de Literatura Socioambiental que está realizando, o outro, por sua vez, a empresa de Nova Odessa (SP) sonha replicar o ambiente de estudo condicionado.
Guto, Vivi, Thiago e seu filho Lorenzo                Fotos da Escola Ayni: Divulgação
Thiago Ami viajou por três anos vivenciando outras realidades, até que suas experiências o transformaram a ponto de voltar para seu município natal com a intenção de compartilhar o que aprendeu pelos ensinamentos do mundo. Assim nascia a Cidade Escola Ayni, em Guaporé (RS).
Junto com aprendizes de diversos países, eles buscam a ressignificação da vida e da pedagogia com esse método. Lá, não tem aula e nem prova. Acredita-se no aprendizado a partir da conexão com a natureza e o sentido de comunhão, preservando a essência das crianças e estimulando descobertas através de brincadeiras. Importante destacar que a Ayni atende a todas as exigências do Ministério da Educação (MEC). “Já entendemos como funciona o sistema educacional, agora podemos avançar”, afirma Thiago.
Se até aí já parece fantástico, saiba que a escola é gratuita. “Crianças não têm cartão de crédito”, ressalta ele. Os custos são bancados através de um hotel, teatro e restaurante que funcionam dentro da área.
Em São Paulo
O exemplo mais próximo também não cobra mensalidade de seus estudantes e, para tentar imaginar como ele funciona, igualmente é preciso tirar da cabeça o conceito de instituição de ensino tradicional. “Os estudantes, de diferentes idades, ficam todos juntos, escolhem os professores que desejam ter aulas e são avaliados de maneira mais profunda do que por uma simples prova. Eles têm tanto espaço que possuem até uma assembleia dos alunos, onde são tomadas decisões em conjunto sobre melhorias para local onde estudam”, informa a diretora da consultoria que presta serviços neste colégio, Ana Lúcia Maestrello, sob a ótica de uma visitante.
Dandara mostra o projeto que desenvolveu na Escola Maria Peregrina
Autonomia - essa é a palavra que traduz o principal objetivo da Escola Maria Peregrina na formação de seus alunos, graças a uma metodologia de vanguarda, a qual o MEC tem estudado para replicar no Brasil. Comprovando a eficácia de sua proposta pedagógica inovadora, uma estudante de 10 anos foi capaz de apresentá-la à equipe da Maestrello, quando iniciou seu Curso de Literatura Socioambiental lá, em outubro de 2015.
Dandara Lima Rocha Oliveira, do 5º ano, não é exceção. Ela, assim como a maioria dos alunos, fala com propriedade sobre o colégio, bem como do que aprende e também é capaz de ensinar. “Aqui é nós que escolhemos o que queremos estudar. Trabalhamos com projetos, em que temos as disciplinas que precisamos aprender de forma mais interessante”, comenta a autora do Projeto Espaço, que aborda a origem do Universo. “A escolha do tema é individual, mas depois desenvolvemos o projeto em grupo, com alunos de outros anos interessados na mesma temática. Porém, após essa escolha, precisamos explicar por que queremos estudar aquilo e apresentar o que já sabemos a respeito”, complementa Dandara.
“Meu projeto fala sobre racionamento de água. Estudamos qual o motivo dele e o que devemos fazer para amenizar a crise hídrica. Com a professora de Matemática, fizemos uma análise da conta da escola, para descobrirmos onde a gente mais consome. E, junto com os próprios alunos, já estamos diminuindo nosso gasto”, diz a estudante do 8º ano, Carina Oliveira, autora do Projeto A Gota d’Água, que pensou nesse trabalho não só para a Maria Peregrina, mas para todas as instituições de ensino da cidade paulista - “com incentivo da Prefeitura e de investidores, acho que será possível replicá-lo”.
Segundo a professora de Matemática, Alana Fuzaro Rodrigues, o estudante também assume papel de educador no colégio rio-pretense. “Nossos alunos têm um diferencial muito relevante na vida pessoal e profissional. Eles são organizados, autônomos, têm uma consciência crítica muito grande, e isso também ajuda o meu trabalho porque, como a metodologia é inovadora, eles me orientam e até conduzem minhas aulas - por estarem aqui há mais tempo, vivenciarem o processo de ensino/aprendizagem”, pontua a discente.
União de metodologias
A escola de São José do Rio Preto (SP) recebeu a consultoria educacional novaodessense para uma formação voltada a coordenadores, professores, estudantes e seus respectivos pais. O curso do Maestrello tem carga horária de 40 horas, sendo ministrado em quatro encontros de dez horas – apenas um está faltando e será realizado neste semestre.
“Tenho muita facilidade de me comunicar falando, mas sempre tive dificuldade com a escrita, porque não via utilidade nela, e, pelo contrário, acredito na utilidade da fala. Com o projeto da Maestrello, já estou conseguindo entender a importância da Linguística na vida das pessoas, e acho que também vou melhorar minha comunicação textual até o final do curso”, aponta a aluna do 9º ano, Vida Schiavoni, que está no colégio desde o seu início no município, em 2006.
Vida (de preto) e Mildren (com o livro) participando da formação da Maestrello
Fundadora da instituição de ensino, a psicóloga Mildren Duque alega que a formação da startup de aceleração da aprendizagem está superando suas expectativas. “Este curso casa com a proposta pedagógica da Maria Peregrina. A primeira etapa do projeto já evidenciou aquilo que é primazia na escola, que é trabalhar a singularidade do aluno e proporcionar uma Educação cada vez mais humana para toda a comunidade escolar. Nossa primeira ideia foi de uma formação voltada aos alunos, às famílias e para todo corpo docente - com essa abrangência, com certeza, a metodologia do colégio se enriquecerá mais. E trabalhar a questão ambiental também é mais que necessária, pois essa teoria da Maestrello irá aprimorar a prática que já desenvolvemos aqui, uma vez que muitos projetos dos nossos alunos são socioambientais, que visam a sustentabilidade no colégio, na casa deles e no bairro”, destaca Mildren.
A melhor maneira de incentivar a educação é colocando luz em experiências inovadoras, como Ayni e Maria Peregrina, escolas que nos dão bons motivos para comemoramos o Dia Mundial da Educação em nosso país”, conclui Ana.

Mais informações: Fundação Ayni – (55) 9902-3865 ou www.fundacaoayni.org
          M. Peregrina – (17) 3236-5566 ou www.escolamariaperegrina.org.br
          Maestrello – (19) 98376-8000 ou www.metodomaestrello.com.br

          
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
Assessoria de Comunicação
Maestrello Consultoria Linguística

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Prazo para entregar o CAR está terminando e a falta do cadastro significará menos dinheiro

O Laboratório de Pesquisa, Educação e Comunicação Socioambiental (Lapecs-IZ), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), faz um alerta aos donos de propriedades rurais da região que ainda não fizeram o Cadastro Ambiental Rural (CAR): “sem o documento = sem dinheiro”, afirma o coordenador do Lapecs, João Demarchi, ressaltando que o prazo para o envio das informações se encerra em dez dias – 5 de maio.
“A liberação de financiamentos agrícolas, pelos bancos, só vai ser possível com o CAR, a partir de 2017. A comercialização dos produtos também será dificultada para quem não fizer o cadastro, além de notificações e multas que já estão sendo previstas”, destaca Demarchi.
Levantamento da Maestrello Consultoria aponta que 15% dos proprietários de Americana ainda não entregaram seus dados. Em Nova Odessa, a situação é ainda pior: 20% faltam se cadastrar.
Cerca de 30% da área total do país não entrou para o CAR. A região Norte está à frente, seguida por Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Sul, que ocupa a lanterna do registro por conta de indefinições em terras do bioma Pampa.
“O cadastro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico contra o desmatamento. Ele auxilia no processo de regularização ambiental das terras, com o levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, delimitação das Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, remanescentes de vegetação nativa, área agricultável consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública”, informa o engenheiro agrônomo da CATI, André Barreto, que tem auxiliado americanenses e novaodessenses quanto ao preenchimento do formulário da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Barreto atende na Casa de Agricultura de Nova Odessa, que, assim como o Lapecs, é sediada no Instituto de Zootecnia – Rua Heitor Peteado, 56, Centro. “Assistência técnica, sindicatos ruralistas e secretarias municipais de Meio Ambiente têm se esforçado para que o Brasil alcance 100% do cadastramento. Vale lembrar que o registro também pode ser feito pela internet, através do site www.sigam.ambiente.sp.gov.br”, diz o técnico da CATI, regional de Piracicaba.

Mais informações: (19) 3476-9814 ou ca.novaodessa@cati.sp.gov.br

           
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
Assessoria de Comunicação
Maestrello Consultoria Linguística

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A responsabilidade ambiental ensinada desde a 1ª infância

Como a personalidade do indivíduo é formada até os 12 anos, a Maestrello Consultoria Linguística vai inserir na bagagem cultural de crianças o ecoprofissionalismo. O trabalho foi iniciado com a formação dos professores da Educação Básica do Colégio Externato Rio Branco, de São Bernardo do Campo (SP), onde a empresa novaodessense trabalha há mais de quatro anos pela aceleração da aprendizagem de aproximadamente 900 alunos.
Ana com uma das participantes da oficina, que estava com seu filho
Depois de apresentar a proposta da Literatura como base para a Educação Ambiental (EA) e para o Empreendedorismo Socioambiental, a startup voltou à escola, no último sábado (16), para desenvolver a segunda etapa do curso de 40 horas que propõe a formação integral dos estudantes para o ecomercado de trabalho.
Ministrada pela linguista e diretora executiva consultoria, Ana Lúcia Maestrello, a oficina contou com a participação de 23 educadoras, que cocriaram as atividades a serem ensinadas no período de alfabetização. “Se com os jovens de Nova Odessa [SP] estimulamos a criação de soluções inovadoras para a conservação hídrica a partir de suas casas, aqui estamos propondo a economia de água na culinária. As crianças vão estudar a pegada hídrica da produção de alimentos até a comercialização dos pratos servidos em restaurantes; essa sensibilização será importante para enraizar no interior delas o respeito para com o meio ambiente e revelar as oportunidades da economia verde, por meio da construção de sociedades sustentáveis”, diz Ana.
Segundo a Psicanálise, a estrutura da personalidade se estabelece aos cindo anos de idade, mas, para o pai do construtivismo na alfabetização, Jean Piaget, ela começa a se formar entre oito e 12 anos. “A transformação pessoal tem sido difícil hoje porque é trabalhada no Ensino Médio, faculdade, pós-graduações e até via coaching, ou seja, num momento em que a pessoa já ‘acredita estar preparada’ para os desafios do mundo. Com a nossa antecipação linguística de conceitos da EA para a formação ecoprofissional, acreditamos que poderemos contribuir por um planeta mais equilibrado e para a felicidade de seus habitantes”, ressalta ela.
“Durante as oito horas formação das professoras e coordenadoras do Externato Rio Branco, notei grande entusiasmo por parte delas, diante do nosso método. Embora a Educação Ambiental seja trabalhada transversalmente há muito tempo no colégio, amarrá-la ao Empreendedorismo Socioambiental e à Educação para o Consumo despertou uma admiração ainda maior pela temática, o que motivou as educadoras a trabalharem todos esses conceitos de forma sistêmica com seus alunos, para desenvolver a formação integral deles”, conclui a diretora.

Mais informações: Ana - (19) 98376-8000 ou analuciamicheli@gmail.com
Coordenação Pedagógica do RB - (11) 4368-0555 ou pedagogico.daniela@rbranco.com.br
          
 
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
Assessoria de Comunicação
Maestrello Consultoria Linguística

terça-feira, 19 de abril de 2016

Região receberá núcleo de formação ecoprofissional para jovens

Precursora do Empreendedorismo Socioambiental no Brasil, a agrônoma Ondalva Serrano esteve em Piracicaba (SP) ontem (18) para divulgar sua proposta metodológica de formação da juventude para o ecomercado de trabalho e colaborar com a “Construção de um Núcleo de Formação Ecoprofissional de Jovens na Estação Experimental de Tupi” – tema do workshop que ministrou na Esalq-USP, prestigiado pela Maestrello Consultoria Linguística, empresa novaodessense que também promove curso nessa área.
Ondalva, em momento de sua apresentação
A convite da responsável pelo horto do distrito piracicabano, Maria Luísa Bonazzi Palmieri, e do professor do Departamento de Ciências Florestais da universidade, Marcos Sorrentino, Ondalva palestrou para educadores, estudantes, gestores públicos e representantes de organizações sociais, todos interessados em reproduzir na região o Programa de Jovens - Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS), que é desenvolvido há cerca de 20 anos na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV), por meio de parceria entre o Instituto Florestal (IF) e o Instituto Auá (antiga Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica), o qual a agrônoma é sócio-fundadora.
Sorrentino deu as boas-vindas aos presentes e agradeceu à presença da palestrante
Desde 1996, o programa já foi executado em 16 municípios. Atualmente, quatro cidades/núcleos estão com ele em operação: Cajamar, Cubatão, Paraibuna e Parelheiros. “Será a primeira vez que o PJ-MAIS irá para além do Cinturão Verde. Devemos fazer deste novo núcleo um polo radiador da metodologia”, pontuou Ondalva.
Entre mais de 400 reservas da biofera no mundo, a RBCV foi contemplada com um financiamento da ONU, em 2001, depois que o PJ-MAIS venceu como melhor projeto desenvolvido em reservas da América Latina e Caribe, em premiação da Unesco. Quatro anos mais tarde, o programa ganhou outro concurso internacional, o Development Marketplace, do Banco Mundial, como experiência de educação relevante, disputando com 2,7 mil concorrentes.
“O intuito do workshop foi conhecermos a metodologia, para encartarmos os participantes e viabilizarmos a construção do programa em Piracicaba”, afirmou Maria. “Para não ficarmos reféns da burocracia do Poder Público, é fundamental trabalharmos em parceria com organizações sociais, empresas e pessoas comprometidas com essa causa”, ressaltou Sorrentino.
Justificativa
Na tentativa de explicar a viabilidade do PJ-MAIS local, o biólogo Cristiano Pastor apresentou, no evento, o espaço educador “Estação Travessia”, que, entre 2007 e 2014, reuniu 50 jovens do Tupi, de 16 a 18 anos, para ensinar o desenvolvimento sustentável a partir da agroecologia. “Geramos oportunidades de aprendizado para os garotos - todos moradores da zona rural -, com base no tripé da sustentabilidade. Sempre em contato com a natureza, eles participavam de processos e atividades pedagógicas, divididas em cinco passos: ritmo, reconhecimento, planejamento, implantação e avaliação”, informou o facilitador do projeto.
Elaine falou sobre a importância de se comunicar as boas práticas socioambientais
Após a palestra, o público participou de atividades que estimularam a reflexão para a ação. “Os participantes tiveram de pensar em seus dons e imaginar como eles podem contribuir com o desenvolvimento do programa. Foi gratificante notar a identificação do grupo com a proposta e sua disposição para fazer acontecer cada módulo e disciplina”, destacou a organizadora do workshop.
Realizado em dois de anos, o PJ-MAIS é dividido em quatro módulos, de seis meses cada. O primeiro aborda a “Ecoformação”, o segundo a “Autoformação”, o terceiro a “Heteroformação” e o último faz a “Integração” dos saberes estudados. As disciplinas obrigatórias são “Formação Integral” e “Produção e Manejo Agrícola e Florestal Sustentável”; as opcionais tratam da “Agroindústria Artesanal”, “Turismo Sustentável” e “Consumo, Lixo e Arte”.
“A proposta do nosso Curso de Empreendedorismo Socioambiental também está alinhada à formação desta rede de jovens ecoprofissionais para a região. Esperamos poder unir a metodologia da Ondalva com o método Maestrello, em favor do novo núcleo que está sendo criado”, comentou Ana Lúcia Maestrello, educadora e diretora executiva da consultoria educacional de Nova Odessa (SP).
Edgar Fernando de Luca também representou o IF no evento
Segundo a representante do IF, Elaine Aparecida Rodrigues, o processo educativo formativo do PJ-MAIS estimula o protagonismo juvenil e o despertar de todas as potencialidades latentes no jovem e cria oportunidades de vivências produtivas e reflexivas de bens e serviços, desenvolvendo a capacidade de iniciativa. “Muitos trabalhos de nossos alunos já foram premiados no Brasil e internacionalmente, mas quase não teve divulgação. Reconhecemos que o programa precisa ganhar mais visibilidade, e a formação do núcleo de Tupi deve colaborar com isso”, projetou Elaine, já vislumbrando uma parceria com a Maestrello para a promoção do PJ-MAIS graças à força do Jornalismo Ambiental fomentado pela empresa social.
Fundada em 2008, a Maestrello Consultoria Linguística é uma startup educacional que objetiva disseminar o conhecimento para atender o interesse público e acelerar o processo de aprendizagem por meio de sua metodologia exclusiva, trabalhando por uma natureza mais equilibrada e sociedades sustentáveis, graças à sua força comunicativa socioambiental.

Mais informações: (19) 3438-7116 ou eetupi.if@gmail.com
          
 
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
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Maestrello Consultoria Linguística

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Empreendedor de NO ganha o mundo com suas cadeiras de barbear recicladas

O que era lixo, em 30 dias, torna-se artigo de luxo. Restaurada por Ricardo Hedlund em sua oficina na pacata Nova Odessa, interior de São Paulo, uma cadeira de barbear vira atração em um salão de beleza de Dubai, cidade dos Emirados Árabes Unidos, sinônimo de riqueza pelo mundo.
A Maestrello Consultoria, que promove o empreendedorismo socioambiental no Brasil, vai contar a história de um conterrâneo que está se popularizando com um ofício criativo, sustentável e rentável.
Trabalhando como mecânico em empresas da região e até multinacionais, Ricardo - atualmente com 47 anos - ainda não havia se encontrado profissionalmente. Em casa, o hobby de reformar móveis antigos parecia lhe dar mais prazer. Foi então que, em 1992, apareceu uma cadeira de barbear no fundo do quintal de sua casa para ele restaurar. E a peça customizada para o Museu do Ipiranga foi “divisor de águas” em sua vida.
Natural de Jundiaí (SP), Ricardo veio para Nova Odessa ainda bebê. “Minha mãe trabalhava como tecelã aqui, daí meu pai a conheceu e começaram a namorar. Viemos para cá quando eu tinha um ano”, informa ele, lembrando também de suas duas irmãs.
Pai e filho na oficina
“O gosto pela Mecânica e por renovar artigos [até então] inservíveis veio do meu pai, um restaurador de relógios”, ressalta. Mas também pode ser genética: o filho Luiz Miguel, de 21 anos, o ajuda na oficina, que funciona de segunda a sábado, com empolgação.
E o jovem destaca a importância do trabalho deles para o Meio Ambiente. “Chegamos a tirar cadeira do meio do mato para reformar. O óleo usado nessas peças antigas também é muito poluente”, afirma o filho.
Além de promover a reciclagem, o serviço evita o consumismo. “As cadeiras novas, por exemplo, não duram nada, são praticamente descartáveis. Já as nossas damos dois anos de garantia, mesmo sendo de séculos atrás”, diz o empreendedor.
A cadeira mais antiga que reformou é de 1823. Na manhã desta sexta-feira (15), ele tinha uma de 1890 para restaurar, embora outra pronta, dez anos mais nova, dava brilho à oficina.  Mas nem tudo é feito ali. Ricardo terceiriza os serviços de jato de areia (para remoção de pintura), cromagem, tapeçaria e o frete.
Cadeiras de 1823 (vendida), de 1890 (comprada) e de 1900 (negociando)
“No país, já fui levar encomenda pra Bahia, de carro, e fretado entregou no Mato Grosso e em Pernambuco”, recorda. No entanto, o reconhecimento internacional o enche de orgulho. “Fiz quatro cadeiras pro Zidane, que hoje estão na casa dele, na França. Têm outras em Dubai, Portugal”, celebra o empresário.
Zidane, Ricardo e seu filho, após gravação de comercial em que destaca uma cadeira dele
Importante ressaltar que seu trabalho favorece o crescimento de outros. “Tem barbearia que começou com uma cadeira minha e depois virou rede, que se espalhou pela Capital, e acabei vendendo mais 12. Em Nova Odessa tem uma barbearia que foi montada por mim, no ano passado, e está indo bem também”, pontua Ricardo.
“Adoro morar aqui. É uma cidade muito boa para se viver, pela segurança, educação, meio ambiente e incentivo à cultura - neste caso, por exemplo, vou poder mostrar meu trabalho num evento que será realizado domingo agora, paralelo a um festival de música gratuito”, destaca ele.
Encomenda para a Marvel
Ainda sobre a popularização da Hedl Custom – Barberchairs, ele revela prós e contras. “Gosto da exposição, tanto por parte da mídia como nos eventos, pois as pessoas reconhecem meu trabalho, mas isso também prejudica em relação à concorrência, porque inflaciona o mercado. Porém, essa divulgação, quando focada na sustentabilidade e no estímulo ao empreendedorismo local, como a Maestrello está se propondo a fazer nesta reportagem, acho muito importante”, enfatiza o mecânico.
Uma cadeira usada, para ele reformar, custa de dois a três mil reais. Após a restauração de sua empresa, é comercializada de seis até 18 mil. “Quanto mais antiga, mais cara. Levo, em média, 30 dias para concluir um serviço”, comenta Ricardo, que, embora reconheça a crise econômica brasileira, incentiva o desenvolvimento de novos negócios, “que venham para fazer a diferença”.
“Contudo, ainda tenho um sonho de montar uma barbearia para meus filhos tocarem, aqui na cidade. O Luiz continuaria produzindo as cadeiras; o mais novo, João Pedro [20 anos], seria o barbeiro, pois já atua na área; e o Leonardo [24], por ser bancário, poderia fazer a administração”, conclui o empreendedor socioambiental novaodessense.

Mais informações: (19) 99756-0466 ou ricardohedlund@hotmail.com
          
 
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
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Maestrello Consultoria Linguística

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Por seu #AtoDeHumanidade, ex-refugiada vence ‘Nobel da Educação 2016’

Após divulgar a iniciativa do Unicef #AtosDeHumanidade, por meio do projeto “Contos Desencantados”, a Maestrello Consultoria retoma a pauta “Crianças Refugiadas” para destacar a história de uma professora que saiu de um campo de concentração para receber o “Nobel da Educação” deste ano.
Hanan Al Hroub ganhou o Global Teacher Prize graças ao seu trabalho com meninas e meninos traumatizados pela violência. Utilizando-se de jogos e brincadeiras, suas aulas encorajam para o trabalho coletivo e recompensam atitudes positivas dos alunos.
“Professores podem mudar o mundo”, ressaltou, após receber o prêmio de 1 milhão de dólares, que, segundo ela, será usado para fortalecer sua missão educadora voltada a crianças refugiadas.
Hanan passou a infância em um campo palestino, perto de Belém. “Estou orgulhosa de ser uma mulher palestina aqui neste palco”, celebrou a professora, fonte de inspiração para mais atos de humanidade.
Diretora executiva da statup educacional de Nova Odessa (SP), Ana Lúcia Maestrello lembrou Paulo Freire para reforçar o mérito da vencedora. “Como bem dizia nosso maior mestre: ‘Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo’. Premiação mais que justa, pelo exemplo de responsabilidade social; embora também estivesse na torcida pelo brasileiro”, afirmou Ana.
O brasileiro citado pela educadora novaodessense é o professor Marcio Andrade Batista, que dá aulas voluntárias no Mato Grasso por meio de um método baseado na aplicação das Ciências no dia a dia de seus estudantes. Ele estava na lista dos 50 indicados ao prêmio, sendo o primeiro representante do Brasil em três anos de Global Teacher, porém, não subiu ao palco do evento com Hanan e os outros nove finalistas.
Aula voluntária foi outro ato de humanidade da Maestrello Consultoria Linguística. “Estimulados pela campanha global ‘Dia de Doar’, debatemos Políticas Públicas junto com os estudantes da EE Savino Campigli, de Sumaré [SP], que ocuparam o colégio em forma de protesto contra a reorganização escolar”, recordou Ana, quem conduziu a atividade.
A Maestrello usa a ferramenta Design Thinking em sua metodologia
      
Juan Piva
MTB – 67.378/SP
Assessoria de Comunicação
Maestrello Consultoria Linguística